sexta-feira, 30 de julho de 2010

'Seu Escudo Protetor'

"Grudei o nariz no vidro e agora enxergo você na rua. Daqui, pela janela do meu quarto, vejo seu sorriso farto, cada abraço apertado e aquele nosso beijo guardado sob a magia de um mundo que não existe (...) E eu chego bem devagar, sento ao seu lado pra te acarinhar, despejando em você o meu olhar carinhoso (...) Seguro você forte nos meus braços, a te proteger do cansaço e da batalha do dia que acaba lá fora. Fecho os olhos, imagino a desventura de não poder ser teu amado e fico acabado sem nem ao menos começar. E disfarço, viro palhaço e faço você rir das besteiras que penso, mas só com você consigo dizer. Não resisto e insisto, deixo o vento soprar a alegria agradável de estarmos aconchegados (...) Digo sobre minha vida aos seus ouvidos atentos e aproveito o alento da nossa amizade verdadeira. Até que o telefone toca e a realidade volta para o meu céu desabar em nuvens negras. Nas estrelas resguardo a minha paixão, fecho as portas do meu sonho, sufocando meu coração com a tristeza que aflora. Desgrudo o nariz do vidro, viro aquele grande amigo e vejo você ir embora."
(Texto de Taciano Mattos, refletindo meus devaneios e minhas desventuras)

Um comentário:

  1. Meu bem, desliga o telefone, não atende e continua com o nariz no vidro, sendo aquele amigo, aquele amor!

    Um beijo!

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