domingo, 26 de setembro de 2010

'Não, a vida nunca foi só a vida...'

Temos vivido equivocadamente (creio eu). Nos ensinaram a estar sempre à espera de algo. Nos aprisionaram num mundo suicida, em que matamo-nos nesse instante para viver amanhã, ou mês que vem, ou próximo ano. Acreditamos, sem ao menos duvidar, que existirá Vida após a vida. Será?

Subestimamos a nossa condição de selvagens. Saímos por aí devorando tudo o que há pelos caminhos. Não nos respeitamos... Não nos reconhecemos...

-Ser, ou não ser?

Descobrimos a dor!

Refugiamos a nossa liberdade e pureza em idéias utópicas enfeitadas por um nome bem bonitinho: Sonhos.

E num ato inexplicável de loucura, seqüestramos os nossos sonhos e lhes apontamos uma arma. Algumas vezes, com as mãos ainda trêmulas e inseguras, damos a sorte de contar com a nossa falta de coragem e não apertamos o gatilho... Deixamos para amanhã, ou mês que vem, ou próximo ano. Acreditamos, sem ao menos ter certeza, em acasos e milagres... Descobrimos a nossa incompreensão.

“Hoje o tempo voa, amor... Escorre pelas mãos mesmo sem se sentir que não há tempo que volte, amor... Vamos viver tudo o que há pra viver... Vamos nos permitir!”

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